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quarta-feira, 29 de abril de 2009

O Quintal de Casa.

Dentro de casa é tudo tão monótono, tudo sem sal,
a mobília, o carpete, as paredes e toda aquela
sempre igual rotina dentro dela.
Gostoso mesmo é ali fora, no quintal.

Tem as plantas, caramujos e formigueiro.
Existe tanta coisa naquele andar descalço pela terra
e tão pouca coisa mais bonita que a flor do feijoeiro.

Semana toda sou só eu a deslumbrar,
mas chega Domingo, tijolo por tijolo e a churrasqueira à queimar.
Minha irmã, meu irmão e a Mãe a descansar,
linda ali onde o passarinho gosta de cantar.

Um pau aqui, outro lá e tá armado nosso estádio maior,
do alto o sino da Igreja avisa, tem missa, vambora.
acabou, entrar pra casa com o irmão menor.
Enquanto ali a vida continua sem essa de hora.

terça-feira, 21 de abril de 2009

pulsar eterno de uma disritmia cheia de lembranças.

Por favor, se quer sair da cama antes da hora não traga sonhos a noite,
se quer continuar na estrada, não desça nas curvas.
Se quiser o que for, queira, mas queira comigo, só comigo.
Se quer me esquecer, esqueça devagarinho...
Caso não queira me esquecer, não dê motivos pra esquecimentos.
Se não quer mais me ouvir e nem falar comigo, espere eu morrer antes.






Brasil das Gerais, causo primeiro.

Tião Catapreta era prefeito de Tangará, uma cidadezinha do interior de Minas, lá pros confins do Rio Esmeralda.
Um ômi de princípios, dizia seu broche no paletó, seus capatazes e também seu panfleto eleitoral, o da primeira eleição, que guardava plastificado na carteira, trazia sorte dizia ele, beijava esse amuleto antes mesmo de beijar sua mulher Dolores e os seus seis filhos com ela, seis também era o número de eleições ganhadas por ele na pacata Tangará, antes dessas seu pai havia ganho outras quatro eleições, seu avô cinco e seu bisavô nenhuma, mas houvera sido o primeiro senhor daquelas terras todas.
Um dia quando voltava da capital, onde tinha ido defender o direito de seu povo foi parado no meio da estrada por um guarda rodoviário.
- Habilitação e documentação do carro senhor. Disse o guarda.
- Uai sô, mas que foi seu guarda? Tá tudo aqui ó, certin e legalizado conformi as lei. Emendou Tião.
- Hum, certo, Sebastião Antunes Catapreta. Replicou o guarda averiguando a documentação toda.
- Eu mesmo, outro só não existe como não há igual por essas bandas, sou o dono dessas terra tudo que seus oió próprio pode cansa de vê seu guarda, se o seu guarda ta aqui hoje, nessa estrada, é só por modo de que eu mesmo truxe o progresso pra cá, mas aqui, o que é que se sucede seu guarda?
- Excesso de velocidade. Respondeu.
- Uai, duvido muito viu seu moço, se tava correndo é pra chegar a tempo na cidade e terminá meus serviço com o povo de Tangará.
- Mas mesmo assim, é a Lei. Aqui é permitido andar a 60 km/h e o senhor foi acusado de estar a 130 km/h meu senhor...
- Acusado? Eu? Imendou Tião num segundo.
- Isso mesmo, acusado senhor.
- Quem tá ousando acusar eu dentro dos meu limite seu guarda? Enfurecido e já esbravejando soltou Tião.
- O radar senhor.
- Radar? Quem é esse uai? O sinhô pode chamar esse tal de Radar aqui pra modo da gente resolve isso, quero vê se ele é Omi de me acusar nos zoio, onde já se viu uma desafronta dessa, acusar um omi íntegro, de bem como eu, traz esse moço aqui pra nois resolvé isso seu guarda.
Admirado com tudo isso o guarda nada mais pode fazer a não ser altuar o infrator e deixar que esse siga seu rumo.