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quinta-feira, 17 de dezembro de 2009

rock, que coisa é rock, que porre é o rock, que não discorre da vida aqui
bamba, que coisa é o samba que ela dança, e faz de mim bem mais assim
olha dont care about o que se passa se o embalo e a rima tiverem bis
nisso de underground e more playlist é engraçado mas nem é como a vida diz
se meu coração junto da canção não exige graça, mas que desgraça tudo que ela quis
essa vida de roque em roul, cadê seu soul e o que mais restou desse meu país
tudo já vem batido, vem ritimado, que trem amargo esse more this is
siga pela esquina, pelo jardim, pela estrada, pelo meu quarto, que é mais feliz.

quarta-feira, 16 de dezembro de 2009

caberia o mundo inteiro nesse vazio que ocupa meu peito, que se completaria apenas com o seu abraça encontastado nele,
saberia que a felicidade sim existe, se ao contrário desta calamidade que hoje insiste em carcoer minha vida me fazendo triste.
desejaria nada mais do que a vida pedisse, se em troca um amor sincero pra mim existisse,
trabalharia na alvenaria, confeitaria ou onde mais o sustento nosso exigisse.
deixaria de lado as noites sem dormir onde a poesia persiste em que um grande amor pra mim há como ela disse.

terça-feira, 15 de dezembro de 2009

bilhete.

LER ISSO CASO ACORDE COM AMNÉSIA

¨Delsinho, lembre-se que essa mulher dormindo ao seu lado é quem te faz feliz e quem você ama, então a admire, levate, escove os dentes e tudo sem muito barulho.
Prepare o café, não reclame tanto caso ela acorde falando que nem uma louca e a acaricie sem que ela acorde com susto, pois ela pode estar sonhando com vocês dois, não tome banho ainda, assim ela se sentirá mais seguea em saber que você gosta de acordar com o cheiro dela pelo seu corpo, ela gosta de leite morno e saia pra comprar pão fresquinho e traga uma flor.
Siga isso cara, já que sabe que não há nada melhor no mundo doque ter ela ao seu lado e a elogie muito quando ela acordar, a beije e diga sinceramente que a ama. ¨


Ass: Delsinho.

sábado, 12 de dezembro de 2009

poetinha, poetinha vagabundo
sem pudor, carrasco e giramundo,
espera que no fundo no fundo
há alguém pra você nesse mundo.

sábado, 28 de novembro de 2009

a pior coisa em ter consciência de que um dia estourarei os miolos é saber que haveriam pessoas que tentariam me impedir.

quarta-feira, 25 de novembro de 2009

o vento passou
tudo levou.
saudade, ficou.
quando chove, é diferente em casa e no quintal
aqui, mãe, eu e irmãos se reunem
lá não importa molhar o varal
cá dentro o coração da mãe nos satisfazem
terra úmida lá desliza e sabiá se esconde
o mais novo dos irmãos os olhinhos tudo caça
a árvore maior pras pombinhas vira casa
histórias da mãe viram amparo com café coado
e os bichinhos da terra lá fora nunca se separam
irmã mais velha reza pra chuva passar
última gota caí, a vida se restabelece
no eterno natureza naturezar.

sexta-feira, 6 de novembro de 2009

começando.

Em dias como hoje me ponho a pensar em que raio de mundo eu estava com a cabeça quando decidi ser professor e seguir carreira, e o pior, lecionar Filosofia em pleno século vinte e um numa megalópole como São Paulo, engane-se e muito quem pensa que é por prazer, prestígio ou dinheiro, se fosse por isso todo mundo faria filmes pornôs, mas como dar aulas tem lá suas regalias burocráticas e uma certa comodidade social acabei optando por tal meio de subsistência. O chato mesmo é ter que aturar toda aquela prole dos burgueses paulistanos todos os dias querendo saber a verdade em todas as vaidades fúteis que o cercam e os amamentam, coitados deles se soubesse que verdade alguma existe, estamos todos aqui vivos, condicionados pelo bem supremo amor e destinados ao único e universal topor, a morte.

Mas nem tenho tanto a reclamar, vivo sozinho, pago minhas contas de acordo como rege a orquestra estatal e me sinto dias sim e dias não o mais feliz dos homens sob esse teto mofado e doce que tenho como lar.

Mulheres trato como a palavra pede, no plural; amigos também, a única coisa singular em minha vida deve ser mesmo a rotina, rotina essa que de acordo com a sentença me garante um bom dia hoje, afinal é quinta-feira e tenho direito a um bom almoço e sexo com a mulher do delegado do 14º distrito da nossa tão protetora, benfeitora e amiga Polícia Militar do próspero estado de São Paulo, a Rita, não qualquer Rita, mas Ritinha como a vadia gosta de ser chamada, fodida e acariciada. Baita rabuda essa Ritinha, a primeira vez que sai com ela foi no mínimo trágica pro meu membro, afinal quando eu estava quase ao ponto de ter um orgasmo a queridinha rabuda da Ritinha vira e pergunta se eu já comecei, isso acaba com qualquer um, qualquer um mesmo, talvez foi em uma dessas que Jesus preferiu ser crucificado ao ter que domesticar a danada da Maria Madalena, tenho lá minhas teorias acerca disso, mas enfim, como ia falando, que baita rabo e buceta tem a ordinária, depois desse fora fui me entendendo com ela e aprendi que o melhor jeito de fazer bem a uma mulher casada, mal comida e com uma vulva maior que a caverna de Platão é começando bem as preliminares e pondo-a de lado afim de descarregar toda a porra suprema que Nosso Senhor Jesus Cristo nos abençoou.

Mas tirando todo o lado sexual da vadia ela até que é uma boa moça, três filhos, um já formando em Medicina na Usp, outro nunca ouvi falar e uma criança que ela usa de argumento pra me encontrar, afinal diz sempre ao senhor delegado marido dela que vai todas as quintas-feiras à reunião de pais do colégio, velha e batida desculpa cosmopolita, mas que funciona no nosso caso. Morena, umas varizes aqui e outras ali, um boca mais alucinante que LSD e todo aquele ar e olheiras de mulher que já viu e passou por tudo nessa vida, talvez isso que me encantou na devassa, ou o simples fato dela ainda me aturar depois de sete meses de trepadas semanais e ainda deixar uma conta em meu nome num mercado aqui perto de casa, certas atitudes maternais nos prendem e não há como escapar mesmo.

Triste mesmo é saber que devo levantar, tomar mais um banho gelado porque o idiota do sindico cínico dessa merda que vivo teve a coragem de cortar a luz do meu quarto na noite retrasada aproveitando que eu não estava em casa, deixando apenas um bilhete onde dizia: ou paga a conta ou paga o pato! Um besta mesmo, mas tudo bem, quando o tempo virar e o frio vier eu dou um jeito nisso, banho frio faz bem segundo sei lá qual tradição, me prendo a ela num momento assim, depois tomo meu café amargo com todos os biscoitos, doces, sucos, bolos, guloseimas e todas mais coisas que a gente vê em comerciais enlatados por aí, graças a boa vontade e conta da Ritinha ou do marido dela, é a vida. Me arrumo e vou de novo pra escola encarar todas aquelas jovens criaturas da modernidade e seus cânceres, fobias e traumas, em seguida encontro a Ritinha, volto e escrevo algo mais...

quinta-feira, 5 de novembro de 2009

Milhões de livros sobre tudo que é assunto escritos por grandes mentes e ninguém sabe mais do que eu sobre as grandes perguntas da vida. Li Sócrates, ele transava com garotinhos gregos, o que pode me ensinar?
Pirro de Élida provou que o Ser não existe, mas se jogou em uma fogueira pra isso; Descartes prova que tudo é inato no Ser e com isso Deus existe, mas era um baita corno e traficante de maconha na Holanda.
E Nietzsche com sua Teoria da Recorrência Eterna. Disse que vivemos a mesma vida repetidamente por toda a eternidade. Que beleza! Vou ter que ver meu analista de novo. Não vale a pena!
Freud, outro grande pessimista. Fiz análise durante anos. Nada aconteceu. Meu analista ficou tão triste a chegar a brilhante conclusão de que todos os meus problemas advém do período em que eu ainda estava na barriga da minha mãe, ficou tão frustrado que abriu um restaurante.
Veja essa gente toda correndo. Tentando impedir o inevitável definhamento do corpo. É tão triste o que as pessoas passam...
Talvez os poetas estejam certos e o amor seja a única resposta.

sexta-feira, 9 de outubro de 2009

A Esperança.

Pandora trouxe o vaso com os males e o abriu. Era o presente dos deuses aos homens, um presente de bela e sedutora aparência, denominado ¨vaso da felicidade¨. Então, dele saíram voando todos os males, seres vivos alados: a partir de então, vagueiam em torno de nós e causam danos aos homens dia e de noite.
Um único mal não tinha ainda escapado do vaso, então Pandora, seguindo a vontade de Zeus, fechou a tampa e ele ficou lá dentro.
O homem tem para sempre agora o vaso da felicidade em casa e pensa que maravilhoso tesouro tem dentro dele; está a seu serviço e o toma nas mãos quando tem vontade; pois não sabe que esse vaso trazido por Pandora é o vaso dos males e toma o mal que ficou dentro como a maior das felicidades, é a esperança.
Zeus queria, com efeito, que o homem, mesmo torturado por outros males, não rejeitasse contudo a vida, mas continuasse a se deixar torturar sempre de novo.
Para isso dá ao homem a esperança, na verdade, ela é o pior dos males, pois prolonga os tormentos dos homens.



Tio Nití.

segunda-feira, 5 de outubro de 2009

os anos passam, momentos não.

terça-feira, 22 de setembro de 2009

o tempo destrói e reconstroi, o amor quando é amor se faz presente mesmo estando ausente, a verdade é nua, crua, suja, indigesta e nunca finge, ¨Deus¨ não existe e isso nos aflinge. toda dissimulação será louvada, jamais haverá a tal sonhada paz não armada.
o homem deixou de ser o lobo do homem, o homem já matou e comeu o lobo do homem, a saudade com sua piedade foi perdida com a idade, toda e qualquer rima já não traz felicidade.
ao pó retornará seu pai, sua mãe, seus irmãos e inimigos, desde já contemple seus abrigos!
quando você se cala mais me abala, quando você em outros braços se depara mais me cala, dessa forma você também se abala?
os dias seguem, os anos correm, a vida se vai e tudo que em mim que quer ser só seu acompanha essa tal de incompatibilidade presencial.

segunda-feira, 31 de agosto de 2009

E eu que andava tão cansado, desiludido, preocupado, sem sono e com todos esses males burgueses,
só de pensar em você me sinto novamente doce malandro, poetinha vagabundo, livre e pobre,
como o amor.

domingo, 30 de agosto de 2009

Primeira discussão gerada na aula de Antropologia Filosófica.

Lógica da extinção de um ¨Deus¨ perante a relação Cultura, História, Tempo e Espírito Absoluto(Razão) de acordo com a Antropologia Filosófica de Hegel.


Vemos no livro Convite a Filosofia de Marilena Chauí, na unidade 8 e no primeiro capítulo, cujo tema é A Cultura, na página 293 a relação entre Cultura e História propostas por Hegel e Marx.
Ambos enfatizam a cultura como história, mas vou direcionar meu raciocínio apenas em Hegel.
Esse defende que o tempo é o modo como o Espírito Absoluto, ou Razão, se manifesta e se desenvolve através das obras e instituições e a cada período de temporalidade a Razão engendra uma Cultura determinada, que exprime o estágio de desenvolvimento espiritual ou racional da humanidade, cada qual exprimindo-se com uma Cultura própria e ultrapassada pelas seguintes, num progresso contínuo.
Vendo assim, notamos que nas culturas e sociedades tidas como ¨primitivas¨, mais antigas, primordiais ou como queiram nomear, desde a Idade Antiga como a Indiana, Egípcia, Grega Antiga, Babilônios e Celtas por exemplo eram todas politeístas, a partir do final da Antiguidade Clássica e começo da Antiguidade Tardia alguns povos surgem com uma visão monoteísta, como os
Judeus, Cristãos e Muçulmanos, já a partir da Idade Moderna começa a haver uma dúvida em relação a ¨Deus¨ como criador de todas as coisas e sua existência passa a ser questionada, agravando-se mais ainda na Idade e Culturas Contemporâneas.
Assim sendo, de acordo com a proposta de evolução de um Espírito Absoluto e da Razão de acordo com o tempo e História proposta por Hegel, a tendência do próximo estágio ¨evolutivo¨ da Sociedade e Cultura será a extinção de um ¨Deus¨ ? O que acham?

segunda-feira, 17 de agosto de 2009

De como Nietzche matou Deus usando uma simples lógica. (ambos são personagens e não quem realmente são, ou foram, caso tenham existido, enfim..)

Estavam reunidos Nietzche e Deus e eis que se inicia o diálogo:
- Caro Deus, acreditar em algo implica que esse algo exista? Perguntou Nietzche.
- Sim, tendo fé em algo, esse algo existirá, meu filho. Respondeu Deus.
- Certo, mas esse acreditar, no sentido literal da palavra temos como significado confiar, ter fé? Continuou Nietzche.
(obs: não vou ficar no respondeu Deus, perguntou Nietzche, retrucou Deus e assim por diante pois acho chato, a ordem das falas continuará a mesma, o que não dificultará o entendimento).
- Sim.
- Pois bem, um exemplo, você acredita, confia, ou, tem fé no Bush?
- Não, nesse não confio, não tenho fé e nem acredito.
- Exato, mas nem por isso ele deixou de existir, ou seja, acreditar ou não em algo não implica que esse algo exista ou não exista, sendo assim, a fé, a crendice e o não uso da Razão (como queria toda a Filosofia Medieval) não servem de maneira alguma para justificar algo.

quarta-feira, 8 de julho de 2009

- Alô?
- Amor!! Te amo, sabia?
- Não, não sabia e não me ama nada.
- Oh amor, que isso, claro que amo, porque fala assim, você não me ama?
- Isso, não te amo.
- Ham?
- Benzinho, você não me ama, eu não te amo, mas vamos nos casar, ter filhos, uma casinha e nos amaremos, certo?
- O quê?
- É assim, simples, como já disse antes, nem eu e nem você ama um ao outro, fato é que estamos nos amando, isso que vale.
- Hum..
- Amor, não existe eu te amo, existe estou te amando e você também está me amando, logo, estaremos nos amando.
- Como assim?
...tum,tum,tum,tum,tum...
- Amor? Amor? Cadê você?...Amor?... Seu filho da puta, desgraçado, corno, viado e inútil, te odeio!!
Nada é, tudo está sendo, como já afirmou certa vez meu pensamento.
Mas, não tenha isso como uma certeza, principalmente se você for uma mulher, sexo incerto, multipolar e que como birra busca certezas, coitadas, não há certezas, nenhuma, nenhuminha, nunca haverá, o que também não é uma certeza, certo é que o mal feminino é buscar certezas, afinal não há, o que há são certezas momentâneas, dúbias, falíveis que felizmente embriagam o ¨sexo frágil¨, ainda bem, o que seria de nós Homens sem toda essa encenação de contos de fadas, de amor, de Deus? Talvez por isso todas essas coisas existem, por serem incertas, se fossem certezas não durariam ou talvez mesmo nem existiriam.
Então por favor não busquem certezas, ao mesmo que realmente precisem, que sejam tão fracos a tal ponto, na verdade não busquem, não busquem nada. Por isso cada vez mais me apaixono por Camus, grande Homem e sua célebre frase de que não existe sentimento e sim emoções. Não escrevo por sentimento, não como por sentimento, não gosto por sentimento e tão pouco vivo por isso, tudo que faço é pela emoção que isso me desperta.
E a maior de todas as emoções pra mim é o saber, o conhecimento. Saber é a coisa mais rica e encantadora, não falo de inteligência, nada disso, inteligência se adquire, até um primata pode ser inteligente, saber é outra coisa, algo divino, nos desperta, nos torna sábios. E no momento a maior de minhas emoções está sendo corroer as entranhas de Henry Miller, dos escritores e Homens é o que mais me admiro e encanto e uma das únicas pessoas que eu gostaria de romper meu silêncio e conhecer, pena que já se foi, pena mesmo, mas deixou sua trilogia da Crucificação Encarnada, Sexus, Plexus e Nexus para Homens como eu, você e todo o mundo se emocionarem.

quinta-feira, 2 de julho de 2009

primeiro dia de volta ao trabalho

Hoje volto a usar meu uniforme, conforme, conforme o quê mesmo? Conforme nada, apenas se conforme que o mês é longo e o santo vencimento, que cabimento, é receber conforme me conformo em passar todo esse tempo, com meu uniforme, para ir te ver de novo conforme a vida é, ou como nos fazem dela, vou indo, conforme O Estrangeiro de Camus, o homem cru e nu, de paixão.
Seu sonho é ir comigo pra Londres, por que não? Mas a realidade é que adoraria bem mais sentir o cheiro do luar do sertão, me dê a mão.
não gosto de Literatura diz que diz que diz e fala e nada fala e nada abala, que nem faísca exala e muito menos cala.
não gosto de mulher sem tara, que de sorrir fica clara que sem roupa nada faz porque só fala.
não gosto de indecisão, mesmo que isso pra você seja meu bordão, apenas com cigarro na mão chego à conclusão de que não há como decidir nada, absolutamente nada com você do outro lado do salão.
tão pouco gosto de minhas rimas, mas com elas vou me indo enquanto delas não me livro e por isso não rimei.
gosto de ser mesmo é visceral, mas o que é isso mesmo afinal? você leu isso em algum jornal? ou isso vem da certeza de me ter bem ou mal?

terça-feira, 30 de junho de 2009

taco fogo, me embaraço, eu não danço no compaço, minha vida nesse maço de free, free, free?
peço esmola, quero agora, pois depois só se embola e eu digo aí, aqui, ali e acolá, a cola, a coca cola que você não rimou em minha vitrola como a frase de lá fora e aqui dentro você chora, me implora e devora toda a fome que te assola, vem dormir, dormir, dormir?
se eu te peço com carinho, vamos, e o que somos? além dos seus orgasmos, múltiplos, públicos, lúcidos, dissimulados, você reclama de todos os lados, modos e jeitos afim de carcoer os defeitos, ham? hein? o quê? pra quê, você? não, sim.

segunda-feira, 22 de junho de 2009

Quando se ama se quer o sangue.

Hoje entendo porque há mitos sobre vampiros e qualquer outra espécie de coisa que viva por sangue. Esse líquido que trafega dentro de nós é sem dúvida nenhuma uma das coisas mais complexas e encantadoras que existem. Na falta dele não há vida e no seu excesso a vida se constitui, isso na forma de uma boa foda, como a última que tive.
Não, não falo de sangue de uma forma virginal, inocente, soturna, sem graça, onde apenas meu membro correspoderia, somente ele seria exaltado pelos deuses e desejado pelas ninfas. Nada disso, falo de uma foda menstrual, viscosa, lúgubre como os mais doces vinhos de Baco. Uma foda fértil, uma mulher infértil não é nada, orgasmo vermelho é do que falo, sem risco, você se sente o próprio sêmem de Zeus fertilizando toda a espuma do Oceano como fez com Afrodite, se sente fertilizando cada poro da Terra, cada ponto fértil de Gaia, e isso sim é uma boa foda, uma foda mitológica, mesmo sendo na lavanderia da casa de uma amiga, num pequeno espaço onde a mãe também fértil dessa amiga deve lavar suas peças íntimas e de onde eu sai imundo de fertilidade, de sangue menstrual pela camisa, mãos e lábios, querendo tocar e beijar todas as coisas inanimadas desse mundo afim de lhe passarem vida, afinal de vida mesmo esse mundo tem mais vida é enterrada, louvada de tempos perdidos, glorificada ao Santo Pai morto e comemorada por já ter existido, de vida mesmo nesse mundo há somente a morte, por isso, quando há uma boa foda menstrual e fértil se sente de novo o que é vida e deixa-se de ser apenas mais um futuro corpo randônico do catálogo de vidas passadas.

sexta-feira, 19 de junho de 2009

-E como o senhor vê todo esse misticismo acerca do ano de 2012, principalmente sobre o fim do calendário Maia e toda especulação que isso vem criando?
- Primeiramente toda forma de misticismo sempre foi cercada e baseada na profunda ignorância, ignorância essa que sempre foi bem vista aos olhos de nós Homens e que sempre dominou e governou a Humanidade, gerando lendas, mitos e até religiões, foi assim quando Maomé através de um amigo seu astronômo preveu um eclipse lunar e assim convocou toda uma legião de fiéis e acabou criando o Islã, foi assim com os egípcios, onde os faráois através de seus óraculos detinham todo o conhecimento e assim sabiam das épocas de cheias e secas do rio Nilo e usando esse conhecimento conquistaram o vasto império que tiveram e também com os Maias, sempre foi assim, conhecimento que em mãos erradas foram usados em prol do poder e onde a Humanidade cega seguia esses mitos, o que não me surpreende até nos dias de hoje isso ainda ser usual.
Mas bem, no caso do de 2012, nada de extraordinário ou nada do ¨além¨ irá acontecer, o que realmente acontecerá será a passagem de Vênus sobre o Sol.
Os trânsitos de Vênus fazem parte dos fenômenos astronômicos previsíveis menos frequentes. Ocorrem numa sequência que se repete a cada 243 anos, com pares de trânsitos espaçados de 8 anos seguidos de longos intervalos de 121,5 e 105,5 anos. Antes da ocorrência de 2004, o último par de trânsitos ocorreu em dezembro de 1874 e dezembro de 1882. No século XXI o primeiro trânsito ocorreu em 8 de junho de 2004 e o seguinte está previsto para 6 de junho de 2012. Após 2012, o próximo par de trânsitos será em 2117 e 2125.
Nada mais que isso, e o fato desse fenômeno estar ligado com os Maias é que o calendário deles era baseado nesse fenômeno, eles marcavam o tempo, por assim dizer, tendo como base o trâsito de Vênus sobre o Sol.

terça-feira, 16 de junho de 2009

cantiga de guardanapo do amor maior.

ela canta, ela ama, ela vibra e faz todas promessas só pra me acanhar,
ela bebe, ela fuma, ela pede e faz do jeito que eu gosto sem me preocupar,
ela inflama, ela chora, ela goza e sorri desse jeito que me faz alegrar.
não, não vá embora, pois a vida amor, só pede agora.
não, não vá embora, faz tão frio amor, vem mais pra cá!

quarta-feira, 10 de junho de 2009

de como Nelson Rodrigues seria meu amigo.

Na minha vida existe uma mulher que me traz paz, uma que me desperta desejo, outra que gera esperanças, uma completamente depravada, outra ainda bem inocente, uma lésbica, uma para quarta-feira com a família, outra para quinta-feira tranquila, uma para sexta-feira de bar, outra para sábado rock n roll, uma para domingo de missa e uma para qualquer dia da semana, outra muito burra e ruim de cama e uma inteligente e ótima na cama, uma neurótica e você Ana que me vem trazendo tudo e fazendo esquecer de todas as outras.

segunda-feira, 1 de junho de 2009

a vida que se vai.

e a margem que era tênue se partiu
e nada deixou
e nada abalou
e nada pesou
e em nada pensou
e assim acabou
e nada mudou
e de tanto que é amor
e de tanto assim ficou
e nada e nada e nada
e nada e nada..
e simplesmente se foi.

quarta-feira, 27 de maio de 2009

Primeiro poema.

Eu gosto da dadá
igual gosto da mamãe
do papai do céu
e da debra.


* esse poema foi escrito quando eu tinha 7 anos, no dia 11/06/93, numa aula do prezinho em virtude do dia dos namorados que seria no sábado próximo.
** dadá era a menina que eu gostava.
*** debra no caso seria minha irmã Débora.

terça-feira, 26 de maio de 2009

Tive um sonho onde eu era entrevistado por uma comissão do prêmio Nobel, prêmio esse que eu era um dos concorrentes do ano na categoria literatura.

- Bom dia, o senhor é admirado por conseguir conciliar literatura, seja ela poética, ficcional, autobiográfica, filosófica, temas cotidianos ou até mesmo assim por dizer simples em sua obra, você se considera escritor ou filósofo?
- Bem, bom dia, não me considero filósofo, escritor sim, afinal é o que faço da vida, escrever, mas mais que isso me acho sábio, claro que os sábios não os devem achar isso, mas devo ser um sábio alternativo.
- Digo isso pelo seu último livro, onde defende que o ¨ser¨ não existe e foi severamente criticado e questionado a respeito dessa idéia.
- Verdade, na minha concepção falível das coisas o ¨ser¨ não existe, existe sim o ¨estar sendo¨, como tudo, nós sendo humanos, médicos, aviadores, crianças, idosos e as coisas sendo pássaros, extintores de incêndio, lâmpadas e o que mais for.
- Certo, não vamos entrar em detalhes pois temos pouco tempo, uma pena isso, mas já que tocou nisso de sua concepção das coisas, vamos a uma pergunta pessoal, acredita em Deus?
- Acreditar não implica existência, essa é uma pergunta errada, desculpe. Afinal, você acredita no atual presidente do seu país? Acreditando ou não, ele está lá, existe, independentemente de seu julgamento. Acreditar é uma questão moral e não existencial. Talvez a pergunta seria se acho que Deus existe ou não, certo?
- Sim, isso mesmo.
- Então minha resposta é não, confesso que cheguei a pensar que com o tempo isso mudaria, que com vivência, amadurecimento ou visão do mundo como dizem as coisas mudariam, mas não, ainda acho que ele não existe, claro até gostaria que ele existisse e penso que se quer que ele exista, de alguma forma vá existir, como no mundo das Idéias de Platão, tudo existe, basta pensar naquilo, mas aqui, no mundo sensível pra mim ele não existe e isso não interfere em nada.
- É um homem feliz senhor?
- Estou feliz! Como defendo no livro, nada ¨é¨, tudo está sendo. (risos)


Nisso acordo com fome, muita fome.

sexta-feira, 22 de maio de 2009

Sobre o que elas falam no banheiro e nós na mesa do bar.

Dois casais, Raul e Victória e Pedro e Alice se encontram em um bar ao acaso, sendo que Raul já havia sido namorado de Alice e ambos não se viam há muito tempo, enquanto os outros envolvidos na situação jamais se conheceram.
Na entrada do bar se esbarram e se cumprimentam.
- Alice!? Diz Raul surpreendido.
- Raul? Nossa, tudo bem? Quando tempo hein. Como está?
- Pois é, muito, muito tempo. Vou bem e você? Ah! Antes deixe eu te apresentar, essa é minha noiva, Victória, amor essa é Alice uma grande amiga do passado, acho que já te falei dela não foi?!
- Foi sim, verdade! Oi Alice, prazer, nossa como é bonita.
- Oh obrigada, noivos é? Que coisa boa! Bem, esse é Pedro, meu namorado.
Depois dos cumprimentos e toda a apresentação eles entram no bar e procuram uma mesa e sentam-se juntos.
- Então Raul, que tem feito?
- Trabalhado, muito, sou publicitário agora de uma agência de Moda em São Paulo, onde conheci Victória, que alias é modelo lá.
- Humm, interessante, percebi mesmo pela beleza dela, parabéns conquistou uma mulher linda, espero que sejam felizes, alias adooorei seu vestido Victória, lindo, lindo, lindo!!
- Obrigada querida, muito fofa você e bonita também, uma graça essa sua bata, mas e você que faz hoje em dia?
- Bem, to morando no Rio, mas só de passagem, também trabalhando muito e isso me faz mudar sempre, sou Jornalista e o Pedro é fotografo e também nos conhecemos no trabalho.
- Amor, vamos pedir algo pra comer, diz Pedro.
- Vamos sim, peçam vocês que vou ao toalete e já volto, responde Alice.
- Ah eu vou com você querida, diz Victória já se levantando da cadeira e acompanhando Alice.
Elas vão enquanto os homens ficam na mesa e pedem algo, já no toalete elas começam.
- Aqui benzinho, o Raul me falava muito de você viu e confesso que esperava mais do amorzinho dele de adolescência. Solta Victória de primeira.
- Mas que coisa, ele nunca me falou de você, que estranho né? E já noivos assim? Responde Alice.
- Querida você sabe como é, homens de verdade escondem o que têm de mais precioso. Victória diz retocando a maquiagem e intimidando Alice pelo espelho.
- Então cuidado amor, pois ele pode está escondendo muita coisa de você então. Alice com o delineador.
- Fofa, ou melhor, gorda! Tenho certeza que ele não está escondendo nadica de nada de mim, certo? Agora vê se se toca e não banca aloca de quinta categoria que você é. Já perdendo a classe Victória.
- Nossa, incomodo tanto assim? Caso sim, se mude! Alice esnoba o comentário.
- Bem, incomoda sim, mas prefiro continuar aqui sabe? No mesmo espelho que você, assim eu posso ver o quanto sou mais bonita que isso do meu lado.
Enquanto as duas trocam formalidades lá dentro os dois começam uma conversa.
- E ai Pedro, que vamos pedir?
- Bem, enquanto elas demoram, uma cachacinha pra começar e pra comer não tenho idéia amigão! Pede ai o que tiver um preço salgado que elas vão achar doce com certeza.
- Boa rapaz!!
- Lugar bom esse hein? Olha aquela garçonete, que delícia, será que ela só serve ou também é servida?
- Oh cara isso eu não sei viu, mas se servirem já sei o que pedir.
Silêncio de uns quatro minutos, olhares pelo bar, pelas mulheres desacompanhadas, pelas garrafas no balcão e no relógio na parede já marcando mais de oito minutos de espera.
As duas permanecem no toalete.
- Queridinha e quando eu disse que achei uma graça sua bata, lógico que foi uma piada viu, achei uma graça por ser engraçada, de feiúra! Mas combina bem com você, lembra muito uma cortininha de botijão de gás, combina sim com seu corpitcho. Solta sem dó Victória.
- Obrigada amor! Eu também estava ironizando sobre seu vestido de brechó, que coisa brega!!
- Muito né? A diferença é que freqüento brechós em Paris queridinha e você?
- Bem, vamos voltar né, afinal se você deixar seu noivo tanto tempo sozinho assim é perigoso voltarmos e nos depararmos com coisinhas que você não iria gostar.
As duas voltam sorridentes, como se nada tivesse acontecido e se juntam aos homens.
Raul diz:
- Então meu bem, como foram?
- Amor, adorei sua amiga!!! Uma meiga ela, fiquei sabendo de cada uma viu... Diz com o ar de sinceridade absoluta Victória.
- E vocês hein amor, que ficaram falando aqui sozinhos? Alice para Pedro.
- Ah amor, nada demais, só coisas do trabalho e coisas assim mesmo, muito interessante o novo projeto do Raul que falávamos, até estamos com umas idéias ai para algo junto, não é Raul?
- Claro! É sim, gostei do Pedro, Alice. Está aprovado, muito inteligente ele e claro, vamos sim desenvolver esse nosso projeto.
E segue-se adiante mais um encontro rotineiro entre casais adultos e modernos.

quinta-feira, 21 de maio de 2009

carta para daqui a alguns anos.

E porque será que não optei por sair da cidade, cursar uma faculdade, me preparar para o mercado de trabalho, ter ambições maiores e todas as coisas que a maioria das pessoas querem ao inves de ficar aqui, ter uma vida simples e apenas querer trabalhar na biblioteca municipal?
é que sou assim, é o que me faz ser eu, me faz bem, vivo e feliz.
e ainda mais porque te amo e espero talvez o dia que você chegue a mim e diga ¨estou cansada do que vivi, vi e conheci, quero paz.¨ e me abrece e me beije.

sexta-feira, 15 de maio de 2009

Cantiga de Maio Triste.

E se for chuva, chuva será
se quer a vida nos separar.
Por onde andas, onde estará?
O seu sorriso a me animar.

E se for vento, vento será
o tal culpado de nos afastar.
Te leva longe do meu estar,
traz tanto frio onde quer que eu vá.

E se for terra, terra será
sempre a mesma que irei andar.
Pode ser longe, outro lugar
o que importa é que vou te achar.

E sendo assim, assim será
por toda a vida irei te amar.
Mesmo que agora não esteja a par,
esse destino me faz cantar.

segunda-feira, 11 de maio de 2009

não tenha medo do que é melhor em mim, do que realmente sou, já que somente você pode despertá-lo.

quinta-feira, 7 de maio de 2009

prece de cordel.

Oh quem me dera
se ela quisesse
e com um sorriso viesse
conforme peço nessa prece.

segunda-feira, 4 de maio de 2009

réquiem do aniversário.

Hoje faço vinte e três anos, viva a vida!
Mas fico mesmo é pensando na morte,
de como seria, e creio será sofrida.
Afinal do que morre um poeta?
Morre do coração, é essa a sina,
dos que vão sem viver a vida
que sempre sonham ser vivida!

sexta-feira, 1 de maio de 2009

palavras excluídas e livres.

algumas palavras ainda não nasceram, ou seja, não foram caratalogadas naquela prisão feia chamada dicionário.
entre ela há ¨caetanar¨, que quer dizer falar baixinho num domingo de manhã com a mulher que se quer ter filhos, ou ¨serfelizcendo¨ com a vida que ¨sedeu¨, cedendo à palavra também nova e triste que é sem o ¨amorceu¨.
há também o ¨vemcalaboca¨, que é aquela antes do peso dos dois corpos juntos caindo no colchão.
o ¨retinar¨dos olhos seus, que é a ponte de mãos dadas, o ¨ciumedor¨ e a ¨suabelezasó¨.
¨esmeraltina¨ da cor do seu casaco e ¨dejesoína¨ que sou viciado.
todas elas únicas, como você, que não há outra que possa querer ser.

quarta-feira, 29 de abril de 2009

O Quintal de Casa.

Dentro de casa é tudo tão monótono, tudo sem sal,
a mobília, o carpete, as paredes e toda aquela
sempre igual rotina dentro dela.
Gostoso mesmo é ali fora, no quintal.

Tem as plantas, caramujos e formigueiro.
Existe tanta coisa naquele andar descalço pela terra
e tão pouca coisa mais bonita que a flor do feijoeiro.

Semana toda sou só eu a deslumbrar,
mas chega Domingo, tijolo por tijolo e a churrasqueira à queimar.
Minha irmã, meu irmão e a Mãe a descansar,
linda ali onde o passarinho gosta de cantar.

Um pau aqui, outro lá e tá armado nosso estádio maior,
do alto o sino da Igreja avisa, tem missa, vambora.
acabou, entrar pra casa com o irmão menor.
Enquanto ali a vida continua sem essa de hora.

terça-feira, 21 de abril de 2009

pulsar eterno de uma disritmia cheia de lembranças.

Por favor, se quer sair da cama antes da hora não traga sonhos a noite,
se quer continuar na estrada, não desça nas curvas.
Se quiser o que for, queira, mas queira comigo, só comigo.
Se quer me esquecer, esqueça devagarinho...
Caso não queira me esquecer, não dê motivos pra esquecimentos.
Se não quer mais me ouvir e nem falar comigo, espere eu morrer antes.






Brasil das Gerais, causo primeiro.

Tião Catapreta era prefeito de Tangará, uma cidadezinha do interior de Minas, lá pros confins do Rio Esmeralda.
Um ômi de princípios, dizia seu broche no paletó, seus capatazes e também seu panfleto eleitoral, o da primeira eleição, que guardava plastificado na carteira, trazia sorte dizia ele, beijava esse amuleto antes mesmo de beijar sua mulher Dolores e os seus seis filhos com ela, seis também era o número de eleições ganhadas por ele na pacata Tangará, antes dessas seu pai havia ganho outras quatro eleições, seu avô cinco e seu bisavô nenhuma, mas houvera sido o primeiro senhor daquelas terras todas.
Um dia quando voltava da capital, onde tinha ido defender o direito de seu povo foi parado no meio da estrada por um guarda rodoviário.
- Habilitação e documentação do carro senhor. Disse o guarda.
- Uai sô, mas que foi seu guarda? Tá tudo aqui ó, certin e legalizado conformi as lei. Emendou Tião.
- Hum, certo, Sebastião Antunes Catapreta. Replicou o guarda averiguando a documentação toda.
- Eu mesmo, outro só não existe como não há igual por essas bandas, sou o dono dessas terra tudo que seus oió próprio pode cansa de vê seu guarda, se o seu guarda ta aqui hoje, nessa estrada, é só por modo de que eu mesmo truxe o progresso pra cá, mas aqui, o que é que se sucede seu guarda?
- Excesso de velocidade. Respondeu.
- Uai, duvido muito viu seu moço, se tava correndo é pra chegar a tempo na cidade e terminá meus serviço com o povo de Tangará.
- Mas mesmo assim, é a Lei. Aqui é permitido andar a 60 km/h e o senhor foi acusado de estar a 130 km/h meu senhor...
- Acusado? Eu? Imendou Tião num segundo.
- Isso mesmo, acusado senhor.
- Quem tá ousando acusar eu dentro dos meu limite seu guarda? Enfurecido e já esbravejando soltou Tião.
- O radar senhor.
- Radar? Quem é esse uai? O sinhô pode chamar esse tal de Radar aqui pra modo da gente resolve isso, quero vê se ele é Omi de me acusar nos zoio, onde já se viu uma desafronta dessa, acusar um omi íntegro, de bem como eu, traz esse moço aqui pra nois resolvé isso seu guarda.
Admirado com tudo isso o guarda nada mais pode fazer a não ser altuar o infrator e deixar que esse siga seu rumo.

domingo, 15 de março de 2009

eu.

roberto benigni caetanando com neruda tudo do quintana debaixo da bandeira do manuel ao som da luz de jazz que bem como só jorge gosta quando se declara para cecília.

sexta-feira, 13 de março de 2009

Aquela que vi subindo a rua na madrugada de chuva, que surgiu em meio ao nada trazendo contigo todas as coisas que eu nem ao menos imaginava existir, ela, mulher benfeitora de toda existência.

E eu do alto da janela a contemplar, ah sim a contemplar!

Seu semblante molhado não só da chuva fina que caia, mas também penso eu de toda a escória, maldade e infelicidade que seus passos deixavam para traz e a cada novo levitar pela calçada a certeza de toda paz, esperança e amor que o caminho a ela conduzia, junto a mim, sonho eu.

Toda passividade senti ao dizer a ela que poderia se adoecer com aquela chuva quando simplesmente ela me respondeu relaxe e continuou, virando a esquina e sumindo, minto, nunca sumiu, apenas continuou em seu percurso até sua casa permanecendo na minha vida desde então. E por ela, somente por ela bendigo todas as coisas boas e não só as boas, todas as coisas, todas, em tudo e em nada, afinal sou nós.

Como queria somente sentir saudade, mas sempre tem algo mais...

Nossos sonhos são a parte melhor de nossas vidas.. Joseph Ernest Renan

Pobre Joseph, talvez fosse mais um desses escritores românticos franceses, que não imaginavam uma sociedade ultra pós-moderna como essa em que vivemos, onde sonhos nada mais são do que simplórios dogmas do passado, onde a Liberdade, tão lutada, reivindicada e conquistada em seu tempo e país, hoje apenas não passa de condicionamento e até a liberdade de sonhar é algo controlável por moralismos, costumes e tradições.

Como então continuar com esse que é o maior de todos os sonhos que estamos aprisionados, que é a liberdade? E que desde os tempos Platônicos almejamos?

Simples, que decretem por Lei Universal o fim dos sonhos de uma vez por todas, já que de sonhos estamos fartos, de sonhos estamos privados e cansados.

Que não sonhem mais, apenas vivam, existam e façam algo para que não mais precisemos sonhar e criar doces deletérios de um mundo melhor, inatingível e querido.

Afinal não estamos no supra-sensível como querem os filósofos, estamos sim confinados a viver conforme ditam as regras e seguimos conforme somos lubrificados, como máquinas, essas quais não sonham, não pensam.

Sejamos apenas máquinas de produzir, criar, destruir, sugar e dormir.

E sejamos principalmente Humanos, livres para ter pesadelos como esse que tive, de um mundo sem sonhos, sem esperança e sempre principalmente o que há de mais essencial em nós que é sonhar!

domingo, 1 de março de 2009

de como preencho os guardanapos quando você não está.

Olha, somente um dia longe dos seus olhos, trouxe a saudade de um amor tão perto, e o mundo inteiro fez-se tão tristonho. Mas, embora agora eu a tenha perto, eu acho graça do meu pensamento a conduzir o nosso amor discreto, sim, amor discreto só para um só pessoa, pois nem de leve sabes que eu te quero e me atrai essa ilusão atoa.

segunda-feira, 9 de fevereiro de 2009

Acaso - (parafraseando com Caetano).

Talvez haja entre nós o mais total interdito.
Mas você é bonita o bastante,
Complexa o bastante,
Boa o bastante,
Pra tornar-se ao menos por um instante
A amante do amante
Que antes de te conhecer
Eu não cheguei a ser.
Eu sou um velho,
Mas somos dois meninos.
Nossos destinos são mutuamente interessantes
Um instante, alguns instantes
O grande espelho
E aí a minha vida ia fazer mais sentido
E a sua talvez mais que a minha,
Talvez bem mais que a minha.
Os livros, filmes, filhos ganhariam colorido
Se um dia afinal
eu chegasse a ver que você vinha.
E isso é tanto que pinta no meu canto
Mas pode dispensar a fantasia
O sonho em branco e preto
Amor mais que discreto
Que é já uma alegria.

Até mesmo sem ter o seu passado, seu tempo
O seu antes, seu agora, seu depois
Sem ser remotamente
Sequer imaginado
Por qualquer um de nós dois.

sábado, 3 de janeiro de 2009

¨Por favor, meu querido, me arranje a glicerina. Eu sei que você é capaz. Se não conseguir, ela morre... e se ela morre, este espetáculo chamado mundo pode bem fechar as portas... podem desmontá-lo, retirar as escadarias, enrolar o céu e colocá-lo num atrelado com um reboque... podem apagar a lindíssma luz do sol, que eu tanto amo.
Sabe por que eu a amo tanto? Porque a amo quando o sol recai sobre ela. Eles podem levar tudo: estes carpetes, estas colunas, estes palácios... a areia, o vento, as rãs, as melancias maduras... a saraiva às 7 da noite, maio, junho, julho, o basílico... as abelhas, o mar, o alho..tudo¨


o tigre e a neve, Roberto Benigni.