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sexta-feira, 6 de novembro de 2009

começando.

Em dias como hoje me ponho a pensar em que raio de mundo eu estava com a cabeça quando decidi ser professor e seguir carreira, e o pior, lecionar Filosofia em pleno século vinte e um numa megalópole como São Paulo, engane-se e muito quem pensa que é por prazer, prestígio ou dinheiro, se fosse por isso todo mundo faria filmes pornôs, mas como dar aulas tem lá suas regalias burocráticas e uma certa comodidade social acabei optando por tal meio de subsistência. O chato mesmo é ter que aturar toda aquela prole dos burgueses paulistanos todos os dias querendo saber a verdade em todas as vaidades fúteis que o cercam e os amamentam, coitados deles se soubesse que verdade alguma existe, estamos todos aqui vivos, condicionados pelo bem supremo amor e destinados ao único e universal topor, a morte.

Mas nem tenho tanto a reclamar, vivo sozinho, pago minhas contas de acordo como rege a orquestra estatal e me sinto dias sim e dias não o mais feliz dos homens sob esse teto mofado e doce que tenho como lar.

Mulheres trato como a palavra pede, no plural; amigos também, a única coisa singular em minha vida deve ser mesmo a rotina, rotina essa que de acordo com a sentença me garante um bom dia hoje, afinal é quinta-feira e tenho direito a um bom almoço e sexo com a mulher do delegado do 14º distrito da nossa tão protetora, benfeitora e amiga Polícia Militar do próspero estado de São Paulo, a Rita, não qualquer Rita, mas Ritinha como a vadia gosta de ser chamada, fodida e acariciada. Baita rabuda essa Ritinha, a primeira vez que sai com ela foi no mínimo trágica pro meu membro, afinal quando eu estava quase ao ponto de ter um orgasmo a queridinha rabuda da Ritinha vira e pergunta se eu já comecei, isso acaba com qualquer um, qualquer um mesmo, talvez foi em uma dessas que Jesus preferiu ser crucificado ao ter que domesticar a danada da Maria Madalena, tenho lá minhas teorias acerca disso, mas enfim, como ia falando, que baita rabo e buceta tem a ordinária, depois desse fora fui me entendendo com ela e aprendi que o melhor jeito de fazer bem a uma mulher casada, mal comida e com uma vulva maior que a caverna de Platão é começando bem as preliminares e pondo-a de lado afim de descarregar toda a porra suprema que Nosso Senhor Jesus Cristo nos abençoou.

Mas tirando todo o lado sexual da vadia ela até que é uma boa moça, três filhos, um já formando em Medicina na Usp, outro nunca ouvi falar e uma criança que ela usa de argumento pra me encontrar, afinal diz sempre ao senhor delegado marido dela que vai todas as quintas-feiras à reunião de pais do colégio, velha e batida desculpa cosmopolita, mas que funciona no nosso caso. Morena, umas varizes aqui e outras ali, um boca mais alucinante que LSD e todo aquele ar e olheiras de mulher que já viu e passou por tudo nessa vida, talvez isso que me encantou na devassa, ou o simples fato dela ainda me aturar depois de sete meses de trepadas semanais e ainda deixar uma conta em meu nome num mercado aqui perto de casa, certas atitudes maternais nos prendem e não há como escapar mesmo.

Triste mesmo é saber que devo levantar, tomar mais um banho gelado porque o idiota do sindico cínico dessa merda que vivo teve a coragem de cortar a luz do meu quarto na noite retrasada aproveitando que eu não estava em casa, deixando apenas um bilhete onde dizia: ou paga a conta ou paga o pato! Um besta mesmo, mas tudo bem, quando o tempo virar e o frio vier eu dou um jeito nisso, banho frio faz bem segundo sei lá qual tradição, me prendo a ela num momento assim, depois tomo meu café amargo com todos os biscoitos, doces, sucos, bolos, guloseimas e todas mais coisas que a gente vê em comerciais enlatados por aí, graças a boa vontade e conta da Ritinha ou do marido dela, é a vida. Me arrumo e vou de novo pra escola encarar todas aquelas jovens criaturas da modernidade e seus cânceres, fobias e traumas, em seguida encontro a Ritinha, volto e escrevo algo mais...

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