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quinta-feira, 7 de janeiro de 2010

Geralmente as relações são banhadas em dilemas, muitos em dilemas medíocres, destaco um, que chamo de ¨viver o eterno¨, um eterno cotidiano, não um eterno transformador, revigorante, costrutivo ou motivacional a novos horizontes.
Esse eterno cotidiano, é quase cego, tetraplégico e impotente, receoso de ir além da insegurança do não mais ter o outro e indisposto a realmente viver com o outro.
Visto isso, não fica notório as sempre mesmas questões a se perguntar numa relação? O excesso de vaidades e egóismos? E também toda uma cotidiana encenação de palavras soltas decoradamente afim de sempre receberem as mesmas respostas, como a mais cruel de todas, o eu te amo, que deve ser regado todos os dias, tempos e momentos nesse eteno cotidiano numa relação.
Fora isso, abaixo a isso do eterno cotidiano, muitas futilidades que preenchem o campo afetivo numa relação seriam suspensos, afinal, os envolvidos na relação deixando de lado todas essas frivolidades quase que inquisidoras se transportariam para algo além, algo superior ao vício de temer, do receio e repito insegurança, essa, causadora na maioria das vezes de todo esse eterno cotidiano.
Para ficar mais claro esse meu propósito, vejo o eterno cotidiano, de uma maneira bem simples, como aquele eu te amo, você me ama? joguinhos entre casais para testar o que ontem já foi demostrato e carimbado como certo. Essa ação retrógrada, esse frear nas relações que me incomoda, vejo nele algo como uma âncora num navio, onde seus tripulantes sempre observam uma linda ilha por perto, mas como estão atracados nesse lugar, nem sequer imaginam que possa haver algo maior na vastidão de um oceano, não sei se a analogia é boa, mas é assim que percebo esse eterno cotidiano, que não passa de um eterno receio em voltar as mesmas questões dia a dia.
Ou talvez Woody Allen realmente estivesse certo ao afirmar que as relações são irracionais, medíocres, falsas, absurdas e malucas.

Um comentário:

Anônimo disse...
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